quarta-feira, 16 de junho de 2010

E por falar em Brasil...

Olha que linda e relaxada esta entrevista da tais Araújo - referida no post anterior - para a revista Caras (Portugal)!

http://aeiou.caras.pt/video-tais-araujo-no-programa-alta-definicao=f30652?sctx=1:10:q:search:tais

segunda-feira, 3 de maio de 2010

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A guerra pelos direitos dos modelos negros na moda já acontece há muito e sabemos que não é em vão... O mercado (de um modo geral, não me refiro apenas à Europa) é realmente muito pouco aberto a modelos que não se encaixem no tipo de beleza mais caucasiana.


O Brasil é infelizmente um dos piores exemplos! Um país com uma população composta por mais de 50% de negros e índios e mestiços apenas aposta e exporta modelos caucasianas... Como resultado, a mais reconhecida modelo brasileira é a Gisele Bundchen. Modelo caucasiana e como todos sabemos, oriunda do Rio Grande do Sul e descendente de imigrantes alemães no Brasil. Atenção, eu acho a Gisele FENOMENAL. Ela é apenas aqui citada pelos motivos óbvios! Por uma questão analítica e não crítica.


O racismo no mercado profissional brasileiro, tornou-se tão visível que (como também citou uma das nossas leitoras) teve de ser aplicada uma lei impondo ao mercado a criação de 40% de vagas para negros e pardos em vários sectores públicos! Alguém me explica o que é pardo?


Quando essa lei saiu, eu fui abordada (na Europa) sobre o que pensava da lei. A jornalista que me abordou, muito matreira, queria que eu me virasse contra dizendo "tratar-se de um ultraje os negros precisarem de leis para trabalhar"! Não deixa de o ser..., mas se é a única maneira de (actualmente) garantir que quem não seja caucasiano (com formação e capacidades para a função a que se propõe) tenha o mínimo de oportunidades… Então estou de acordo!


A verdade é que no Brasil, logo após a saída dessa lei, a Taís Araújo passou automaticamente a personagem principal de uma novela, "A Cor do Pecado", não tendo obrigatoriamente que encarnar o personagem de uma escrava. A verdade é que hoje conhecemos e sabemos quem são outros grandes actores (não caucasianos) brasileiros, como Lázaro Ramos (Saudades do Foguinho!), Débora Nascimento ou Diogo Almeida. Não sou brasileira, mas senti essa conquista como um pouco minha também…


Mesmo assim, a moda brasileira pouco exporta modelos negros. Ou será que o resto do mundo profissional da moda simplesmente não os quer contratar?


A verdade é que acredito que a moda embora possa ser lida como um produto global deve também ser adaptada e respeitar cada mercado e consequentemente esse mercado-alvo deve também reflectir o que é.